quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Entrevista Secretário Regional















Os Jovens Repórteres Europeus, membros do Clube Europeu da EBI de Água de Pau, deslocaram-se, no dia 3 de novembro, a Ponta Delgada, para entrevistar o Subsecretário da Presidência, no sentido de aprofundarem alguns conhecimentos sobre a União Europeia e de ficarem a conhecer como é o dia a dia de um membro do Governo Regional.

Pedro Faria e Castro, que gentilmente acedeu ao pedido do Clube Europeu, nasceu em Ponta Delgada e estudou em Ponta Delgada. É mestre em Ciência Política e licenciado em Relações Internacionais, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. É técnico superior no Gabinete Técnico da Presidência do Governo Regional dos Açores. Deu aulas na Universidade dos Açores e exerce as funções de Subsecretário Regional da Presidência no XIII Governo dos Açores desde 24 de novembro de 2020. Para além destas funções é colaborador do Europe Direct dos Açores, tendo vindo, por diversas vezes, à nossa Escola dinamizar sessões informativas sobre a União Europeia.

Em resposta à curiosidade dos jovens, começou por explicar como era o seu dia a dia enquanto secretário regional e referiu que, logo pela manhã, dá expediente às muitas mensagens de correio eletrónico e reúne com os membros do seu gabinete: cerca de 30 pessoas, desde o chefe de gabinete, secretária pessoal, adjuntos até aos vários técnicos, que, em conjunto, procuram concretizar os objetivos de Governo Regional. Para além do trabalho no seu gabinete, o entrevistado adiantou que no âmbito das suas funções faz algumas viagens, sobretudo para a ilha do Faial, local onde está a Assembleia Legislativa Regional dos Açores e exemplifica: “ainda ontem de manhã estive lá e amanhã vou para lá outra vez… e depois, nestas funções específicas, que têm a ver com a Europa e com as relações externas, de vez em quando tenho que ir ao estrangeiro”.

Na área dos assuntos europeus, o senhor Secretário Regional esclareceu que compete ao Governo Regional coordenar a participação dos Açores na União Europeia, levando as preocupações dos açorianos quer ao Governo da República, quer às instituições europeias: ao Parlamento Europeu, à Comissão Europeia, ao Conselho Europeu e à representação das regiões ultraperiféricas, isto porque os Açores estão realmente bastante afastados dos centros de decisão da União Europeia e precisam de se fazer ouvir nessas instituições.

À pergunta: “o que é que a União Europeia está a fazer para nós enquanto jovens, colocada por um dos jovens repórteres do Clube Europeu, Pedro Faria e Castro referiu, em primeiro lugar, a questão das alterações climáticas, referindo-se concretamente à COP26 - Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, para exemplificar a grande preocupação e investimento da União Europeia em salvar o Planeta, sendo “a entidade que mais força dá para a sobrevivência da humanidade, da sobrevivência dos vossos filhos, dos nossos netos e dos nossos bisnetos”. Por outro lado, referiu uma série de iniciativas dirigidas aos jovens ao nível da formação, dos programas de intercâmbio dos jovens, bem como a integração do ensino, a unificação do mercado de trabalho e a promoção da paz e dos outros valores da União Europeia.

Nesta sequência, o subsecretário recomendou aos jovens açorianos que conhecessem bem a União Europeia, que se mantivessem informados e que participassem empenhadamente nas questões europeias, pois só assim é que se poderão tornar cidadãos europeus de pleno direito.

Para terminar a entrevista, uma das repórteres colocou a seguinte pergunta, já no âmbito das preocupações relativas à realidade local: “Um dos problemas que encontramos na nossa freguesia/terra é que há muitas pessoas que recebem subsídios e não precisavam porque não querem trabalhar, enquanto que há pessoas que precisam e não têm. O que o senhor acha disso?” Ao que o entrevistado respondeu prontamente: “Acho mal. Aqueles que não querem trabalhar, não deviam receber apoios. Só devem receber apoios para viver aqueles que não podem trabalhar. Só devem receber apoios as pessoas que estão no desemprego ou aqueles que não têm condições físicas e mentais para trabalhar, que estão doentes... essas pessoas precisam ser ajudadas, mas sabemos que há aqueles que furam as regras … e que querem enganar o sistema, isso está mal… não pode ser!”

Numa declaração final, o Subsecretário Regional elogiou o trabalho do Clube Europeu da EBI de Água de Pau, mostrando-se disponível para apoiar, na medida do possível, outras iniciativas.






 

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